Este novo jato supersônico voará de Londres a Nova York em 3,5 horas - com 100% de biocombustível

 

As viagens aéreas supersônicas sempre mexeram com o conceito de tempo. Como poder voar através do Atlântico e pousar antes do horário de partida programado.

 

Mas a fabricante de aviões Boom conseguiu alcançar novos patamares de ironia temporal com a última iteração de sua aeronave supersônica Overture . Seu design em conformidade com a produção, revelado recentemente no Farnborough Air Show, no Reino Unido, conseguiu voltar o relógio para a década de 1960 e parecer surpreendentemente semelhante ao Concorde. Enormes asas delta, quatro motores suspensos e uma fuselagem longa e fina tornam uma comparação difícil de evitar.

 

Mas dadas as seis décadas de inovação tecnológica desde que os designers franceses e britânicos escreveram o primeiro avião supersônico do mundo, a Boom conseguiu trazer algumas melhorias. Seu Overture composto tem uma cauda convencional, sua asa tem uma torção sinuosa e os motores turbofan de bypass médio dispensam a necessidade de pós-combustores - que foram responsáveis ​​por uma parte substancial dos níveis de ruído que ajudaram a matar o Concorde.

 

 

Evitar pós-combustores também paga dividendos no consumo de combustível. A Boom também está fazendo um aceno separado para a sustentabilidade, prometendo que seus motores funcionarão com 100% de combustível de aviação sustentável (SAF).

 

O Overture terá uma velocidade de cruzeiro de Mach 1,7 sobre a água, uma altitude de cruzeiro de 60.000 pés, um alcance ininterrupto de 4.250 milhas náuticas e uma capacidade de até 80 passageiros entusiasmados com a velocidade.

 

A Boom também promete fatores de impacto junto com a tecnologia, pelo menos para os nerds da aviação. A fuselagem é otimizada para eficiência aerodinâmica por ser ligeiramente maior na seção transversal na frente do que na traseira. A porta onde os passageiros embarcam fica nessa seção maior, o que dará uma sensação de espaço ao início das experiências de supervelocidade das pessoas. Qualquer um que se lembre do Concorde se lembrará de um lápis estreito e de baixa altura de um avião que era fabuloso porque era rápido, não porque era luxuoso ou confortável. As janelas também são muito maiores que as do Concorde.

 

 

Embora a Boom tenha descartado uma versão de combate completa, fez uma parceria com a Northrop Grumman para comercializar uma variante para forças militares e governos para transporte e logística rápidos. Dado que o limite de velocidade por terra Mach 1 é determinado por regulamentos e não por capacidade física, o comando militar pode achar útil ter um meio de transporte de pessoal e equipamentos que possa dobrar a velocidade dos jatos convencionais em tempos de emergência vermelha.

 

A Boom disse que o primeiro voo de sua aeronave com especificações de produção está programado para 2026. A Boom já tem 70 pedidos, com opções de companhias aéreas como United e Japan Airlines. Por outro lado, apenas 26 exemplares do Concorde foram construídos e apenas 14 entraram em serviço.

 

A Abertura terá sucesso onde Concorde e outro construtor supersônico mais recente, Aerion, falharam? Pode ser. Uma combinação de tempos de voo radicalmente mais curtos - Nova York para Londres em 3,5 horas em oposição a 5,5 agora, e Tóquio para Seattle em 4,40 contra 8,30 - e operações neutras em carbono poderiam permitir que o Boom's Overture finalmente aproveitasse o potencial comercial do supersônico, enquanto o Concorde apenas dava um vislumbre tentador do futuro.

 

 

Confira a reportagem original: This New Supersonic Jet Will Fly From London to NYC in 3.5 Hours—on 100% Biofuel