Encontros do LIDE Ceará com pré-candidatos à Presidência da República

Para Emília Buarque, presidente do Lide Ceará, o resultado dos primeiros encontros foi positivo e colaborou para o fortalecimento do processo democrático.

ciroA palestra de Ciro Gomes foi amplamente focada na explanação econômica da realidade do país. (Divulgação)

O LIDE Ceará abriu sua agenda de 2002 promovendo encontros com pré-candidatos à Presidência da República, já tendo recebido em fevereiro dois dos postulantes ao cargo, Sergio Moro e Ciro Gomes, nos dias 08 e 21 de fevereiro, respectivamente.

Sérgio Moro fez uma palestra com duração de pouco mais de meia hora e disse preferir reduzir seu tempo de explanação para dar mais espaço para as perguntas dos empresários. Em sua fala, Moro tratou de temas como o combate à corrupção; a preocupação com aspectos econômicos de impacto direto na vida da população, tais quais a inflação; além de se colocar à favor de um Estado menos intervencionista e mais reformista. Também se mostrou atento ao tema da educação e defendeu a concessão de incentivos especiais a iniciativas bem-sucedidas de estados do Nordeste. O pré-candidato foi questionado sobre sua posição e futura relação com o STF e disse sempre ter mantido um trato respeitoso e cordial com o órgão. Moro destacou a pauta ética e defendeu o fim do foro privilegiado, começando pelo Presidente da República.

A palestra de Ciro Gomes foi amplamente focada na explanação econômica da realidade do país trazendo um histórico de décadas anteriores, com períodos de crescimento, de estagnação e de declínio, chegando à realidade atual de “tragédia social”, na qual se precisa, segundo o convidado, resgatar a vocação do país para crescer. Ciro Gomes falou também da importância de se estudar o cenário e a história política do país, para que as eleições de 2022 não sejam “uma disputa apaixonada, despolitizada, alienante e deseducadora”. Ciro criticou o modelo de governança política e a forma como os presidentes repetem uma modelagem econômica que não vem dando certo, além de ter condenado a reeleição, processo que ele defende que sejam extinto. O pré-candidato defendeu ainda a ideia de que o povo votará nas ideias, e não em um candidato, “diminuindo o hiato entre um presidente forte e reformomista e um congresso aprisionado pelos grupos de pressão”.

Para Emília Buarque, presidente do Lide Ceará, o resultado dos primeiros encontros foi positivo e colaborou para o fortalecimento do processo democrático. “É muito importante termos este contato pessoal e direto com os candidatos, sobretudo podermos questionar e fazê-los ouvir sobre demandas que são coletivas e legítimas”, ressaltou a empresária.

Emília destacou ainda que o grupo pretende ouvir todas as campanhas. “No Lide, como organização, não temos bandeiras partidárias e queremos ouvir todas as propostas para o Brasil. Defendemos o diálogo e nosso convite é para ouvir o candidato ou algum representante da área econômica. Só não iremos ouvir se alguma campanha declinar do convite, ou houver algum impedimento ou desistência da candidatura”, reforçou.